Ser Indie significa, na essência do termo, que o artista é independente, ou seja: não é contratado pela própria gravadora, então seu som não é muito comercial. Ao mesmo tempo, esse tipo de música é famoso por ter guitarras marcadas, letras desaforadas e uma bateria que te tira da cadeira! Se você gosta desse estilo e quer umas dicas, você vai conferir alguns artistas nacionais e internacionais de bandas Indie para você conhecer.
O Indie brasileiro tem muita influência no britânico, mas temos algumas especificidades muito valiosas! Aqui você vai ver música com vocais marcantes, com percussão puxada para os instrumentos brasileiros e africanos, para o violão dedilhado, e ainda tem gente que ousa levar nosso Indie para o Lo-Fi! É uma grande mistura de ritmos e instrumentos que não escutamos nos outros países, o que nos enriquece muito. Bom proveito!
A banda de Goiânia que escreve suas músicas em inglês acabou de lançar seu novo álbum e explora de diversos ritmos numa música só. Vale a pena conhecer só para identificar cada instrumento.
A banda paulistana tem um som leve que te remete a era post punk de The Smiths e The Cure. Ao colocar o fone e fazer da caminhada você vai perceber que a trilha sonora vai fazer parecer a sua vida uma cena de algum filme independente.
Os mineiros de Lupe de Lupe vão te conquistar pegando pesado: sua música com leve tonzinho de tristeza post punk ou te toca para escutar mais, ou para se apegar em uma música e nunca mais deixá-la escapar. Já estão no lançamento do quarto álbum e está impecável!
Com um EP e alguns singles, apresentamos a banda bahiana IORIGUN, que tem grandes referências de Shoegaze e Post Punk nas suas melodias, com letras carregadas de questões da identidade, da subjetividade e o lugar no mundo.
A banda formada por mulheres de Curitiba mistura ritmos de rock com uma percussão bem brasileira e as letras são, em grande parte, trazidas para a realidade das mulheres, com temas sociais como o feminismo e o racismo. Vale a pena escutar principalmente quando precisar dar aquela extravasada.
É com uma guitarra leve que Carne Doce impacta com suas letras bem marcantes. A banda de Goiânia trás em seu novo álbum um conjunto de músicas que dá a sensação de ser um arranjo contínuo bem harmonizado. Não dá para dar pause!
O som de Ventre tem um toque místico tanto nas suas letras como na melodia. Com a percussão muito presente, Larissa Conforto demarca claramente os altos e baixos muito característicos da banda carioca. Apesar de terem anunciado um triste pause na carreira unidos, os três cariocas, Conforto, Hugo Noguchi e Gabriel Ventura, seguem solo fidelizando cada vez mais fãs.
Com um toque de DIY, o carioca Lê Almeida é cantor e o próprio produtor e artista gráfico – já chegou até em gravar as músicas em fita cassete. Ele usa do Indie e da loud music para transpor letras saudosistas e sinceras.
Outra banda curitibana para a lista: Trombone de Frutas mistura o toque leve da bossa nova, o post punk e o Indie rock para irromper na cena brasileira com letras metafóricas e poéticas, cheias de melancolia.
Com uma guitarra marcada, Murilo Sá, baiano e autogestor, aposta suas letras para acompanhar o lo-fi, o Indie rock e um tantinho de pop. Se der uma chance, logo estará dançando em público com o fone no ouvido.
A banda que está à público há pouco tempo, está para lançar seu primeiro álbum: A Nado, que trás um Indie romântico que lembra shoegaze e post punk. Aproveite!
Dona do próprio som e da produção, Betina irradia na cena do Indie rock brasileiro com uma identidade própria. A impressão que se dá é que a mistura que ela faz em cada música harmoniza entre elas e no conjunto todo do seu novo álbum Carne de Sereia.
O Folk característico de Moons permite que os instrumentos vão crescendo e cada música completa o álbum formando uma sonoridade harmônica e nova no cenário da música brasileira. Eles utilizam de gaitas, pianos e percussão para demarcar ainda mais a própria identidade.
Uma retomada aos anos 90 marcante nos sintetizadores de Carpechill preenche a escolha lo-fi da banda Indie de Santos.
Se fechar os olhos cada vez que escutar Baleia vai perceber um instrumento diferente. A banda carioca veio para misturar o Indie com MPB, folk e Pop. Suas músicas têm um crescimento que tende ao infinito e são contagiantes, não tem como escutar e se manter parado ao mesmo tempo.
A banda paulistana que já foi veterana do Indie no Brasil hoje está permeando diversos estilos, misturando jazz, afrobeat, música latina e africana. Cada música, uma surpresa!
Bastante característico do novo MPB, Phill Veras tem uma voz doce, com músicas tão declamadas que ele quase fala com a gente. Se você curte voz e violão, é uma ótima indicação. O artista acabou de lançar seu novo álbum, Alma.
CéU, a artista que estourou desde o primeiro álbum, é famosa pela sua exploração de percussão dentro do estilo MPB e Folk e, dessa mistura, acabou saindo um Indie com uma pegada toda levada para o sambinha.
Parada obrigatória para quem gosta de Indie Rock. Um dos maiores sucessos do estilo brasileiro, o vocal (Tim Bernardes) utiliza da sua paixão para transpor na voz e cativa qualquer ouvinte. Se tiver um tempinho, pare para assistir os clipes da banda, são muito criativos.
Rubel é um artista que provoca aquela sensação de identificação nas suas letras. Além de ter um ritmo doce, suas músicas chamam atenção pela letra dizer o que a gente sente ao escutar a melodia.
A Mundo Livre S/A é uma banda pernambucana formada nos anos 70, apesar de estar em hiato, ainda faz muito sucesso nos ouvidos de muitos veteranos. Ela utiliza os ritmos da Bossa, da MPB, mistura com uma percussão sambista e dá um resultado interessante.
Com referências da Bossa e do Rock ‘N’ Roll, O Cinza é um belo resultado do Indie Rock brasileiro. A banda paraense tem pouco mais de 3 anos de vida e já tem 2 EPs lançados e um single.
Com toda uma pegada de blues, essa banda de Niterói conquista o público pelo vocal específico. Com seu primeiro álbum lançado, demarcam ainda mais um estilo todo próprio, com uma guitarra marcada e um ritmo dançante.
Composta apenas por mulheres, a banda mineira tem uma pegada post punk e MPB nas suas músicas. Seu álbum Cartografia vale uma escutada sem interrupções e a produção está caprichada até mesmo nos clipes da banda, que tiveram muita repercussão nas mídias.
Gustavo Bertoni pende para um Folk Pop e suas músicas mexem no fundo do nosso coração. Seu álbum está disponibilizado para baixar e quando ouvir você vai se derreter: sua voz é tão limpa que é como se estivesse aqui do nosso lado.
Ainda que tenham sido selecionado apenas 25 artistas e bandas, a cena está crescendo tanto que muitos ficaram de fora! Mas ainda não acabou: abaixo, há uma seleção internacional.
Se a lista de música independente brasileira está cada vez maior, imagina a internacional! Aqui pegamos artistas de vários lugares do mundo.
Essa banda inglesa não tem o nome à toa: suas letras são para mexer com as questões da existência humana, vida na terra e no espaço, entre outros.
Air é uma banda francesa famosa pelo seu tom “som ambiente”, inclusive compôs toda a trilha para o filme da Sofia Coppola “Virgens Suicidas”. Sua musicalidade é tão leve que quase é uma trilha sonora para a cenas da vida.
Sufjan Stevens talvez seja um dos artistas do contemporâneo que mais joga com a variedade de estilos na própria música. Ao longo dos álbuns são explorados diferentes ritmos e essa mistura, no total da sua carreira, tem até apreço pela crítica americana de música.
Para todo fã de música Indie Pop, Princess Chelsea é uma recomendação obrigatória. A neozelandesa produz seu próprio trabalho e o resultado, de teclados característicos e bateria marcada, é pegajoso.
Com uma pegada Lo-Fi a música de Claire é baseada no princípio DIY: Ela produz seus vídeos, suas músicas e as capas. Uma música leve com uma identidade lá dos anos 90.
Apesar de ser americano, Devendra tem muitas influências latinas, por conta das suas origens. Ora escreve em espanhol, ora em inglês, ora em português. Surge no movimento Folk trazendo um adicional de psicodelia, um toque sobrenatural que dá a suas músicas.
Poderíamos dizer que Feist está no Indie “before it gets cool”. De tão referência, acaba até como trilha sonora de filmes independentes e no ouvido de todos os apaixonados. Quando você escuta até se não estiver amando passa a amar!
A banda, apesar de não ser muito conhecida, tem trabalhos excelentes que permeiam entre o Dream Pop, o Lo-Fi e o Folk. Fica a dica se você quer conhecer artistas novos.
Wolf Alice é uma banda inglesa que retorna ao Indie britânico com muitas ressalvas, adicionando Lo-Fi, Dream Pop e Rock Alternativo.
Essa banda está em um dos estilos musicais mais novos: já ouviu falar do Dream Pop? Com muitas influências do Lo-Fi e do Pop, a dupla Indie é formada por uma francesa e um americano, que buscam manter esse estilo sobrenatural nas suas músicas, sempre. Você vai sentir a sensação que pode sair voando!
A melancolia de Keaton é característica no estilo que leva o Folk. Já lançou mais de 6 álbuns, é poeta e artista visual.
Os irmãos da Austrália estouraram depois de ficarem tão famosos com covers na internet. Desde então eles usam essas influências para escrever as próprias músicas que têm um ritmo marcado muito bem pelas cordas e uma batida dançante.
Feldberg é um duo islandês que explora o Indie Pop com um vocal característico nos seus álbuns muito bem produzidos. Seus refrões são contagiantes, pode ser que você saia saltitando quando der o play.
Com percussões incomuns no Indie internacional, Metronomy é a banda inglesa que tem uma produção impecável nos seus trabalhos: os vocais, os riffs de guitarra marcados, a bateria contraposta, todos harmonizam com um resultado muito interessante.
A artista francesa já atuou em alguns filmes e agora se direcionou para a carreira musical, trazendo um tanto de melancolia e sinceridade nas suas letras e uma melodia tão leve que, muitas vezes, vai ser necessário você aumentar o volume para escutar.
Com ritmo dançante, Lissy Trullie tem uma banda que sincroniza com o estilo da sua voz e a música cai no Indie Rock mais nostálgico possível.
Em uma transição entre o Indie Rock e Pop, Cold War Kids tem um vocal marcante e tão claro nas suas letras, que a música e o ritmo te convidam para cantar e dançar junto.
Com fortes influências do Folk, essa banda de Indie Pop tem um violão muito bem trabalhado nas suas músicas, com solos que te permitem viajar de olhos abertos.
O sueco traz em suas músicas referências fortes do Folk latino e transpõe isso gradativamente nos seus trabalhos. Se tiver em dúvida do que colocar no som do carro quando sair para estrada, essa é uma boa pedida.
Essa banda com fortes influências de Shoegaze é formada por 4 australianas que exploram as harmonias das músicas mediando a pós produção nos vocais e as batidas marcantes influenciadas pelo Indie Rock.
A banda veterana Yo La Tengo não tem nada de espanhol, mas deixa suas referências do Folk latino entrar nas influências do violão, que é bem marcado. Além disso, também acolhe muito do Indie Pop e a mistura em seus 30 anos de carreira fideliza todo fã.
Esse Indie Pop vai te conquistar de primeira: com uma pitada de Lo-Fi e outra de Post Punk, Yumi Zouma se transforma em uma banda que facilmente transita entre te relaxar e te fazer dançar junto.
Sabe aquela música para dar uma levantada nos ânimos? A Wet, que não é muito conhecida no Brasil, é americana e utiliza de sopros, cordas e percurssões variados para preencher a música até fazer você entender que esse é o Indie Pop dela. Vale a pena dar uma escutada.
Elliot Smith é um americano que coloca muita melancolia nas suas músicas. Apesar de ser característico do cantor, seu som não fica enjoativo, pelo contrário: seus trabalhos se completam e a sonoridade flui durante todos os álbuns.
Dan Levy é finlandês e Olivia Merilahti é francesa. Juntos, eles formaram esse duo Lo-Fi que não dá para parar de escutar. Com uma pegada toda DIY, eles produzem seu com utilizando principalmente sintetizadores e teclados.
Nesta seleção, buscou-se apresentar bandas e artistas dos mais variados estilos de Indie. Gostou? Conte para gente.